judaismoeusO Paganismo

– Mitologia Grega: Zeus, Cronos, Poseidom, Apolo, etc.
– A religião oficial de Roma adotou grande parte do panteão e da mitologia gregos. As divindades romanas vieram a ser identificadas com os deuses gregos (Júpiter com Zeus, Vênus com Afrodite, etc.).
– O senado romano lançou a ideia do culto ao imperador, ao deificar, após a morte, a Augusto e a subsequentes imperadores que tivessem servido bem como tais. Domiciano (81-96 d.C.) foi o primeiro a tomar providências para forçar a adoração de sua pessoa. A recusa dos cristãos em participarem do que passou a ser tido como um dever patriótico provocou uma perseguição que foi crescendo de intensidade.
– Havia grande popularidade e influência das religiões misteriosas dos gregos, egípcios e povos orientais (cultos a Mitra, Isis, Dionísio, Cibele, etc.).
– As superstições estavam nas mentes da maioria do povo do império romano. O emprego de fórmulas mágicas, consultas de horóscopos e oráculos, augúrios ou predições sobre o futuro, mediante a observação do voo dos pássaros, os movimentos do azeite sobre a água, círculos do fígado e o uso de exorcistas profissionais – todas essas práticas faziam parte da vida diária. O povo comum fazia mescla de diversas crenças religiosas com práticas supersticiosas.
– Segundo o gnosticismo, a matéria era equiparada ao mal, ao passo que o espírito seria equivalente ao bem. Daí resultavam dois modos opostos de conduta: (1) a supressão dos desejos do corpo, devido à sua conexão com a matéria má (ascetismo), e (2) a indulgência quanto às paixões físicas, por causa da irrealidade e inconsequência da matéria (libertinagem ou sensualismo). O conceito da ressurreição física era abominável, devido ao fato da matéria ser tida por inerentemente má. Todavia, a imortalidade do espírito seria desejável, podendo-se chegar a ela por meio do conhecimento de doutrinas secretas. As ideias gnósticas parecem ocultar-se por detrás de determinadas heresias que são atacadas no NT. Ao que parece, os gnósticos tomaram por empréstimo do cristianismo, em data posterior, a doutrina de um redentor celeste. No primeiro século, o gnosticismo era ainda um agregado de concepções religiosas frouxamente ligado, e não um sistema doutrinário altamente organizado.
– O epicurismo pensava ser os prazeres o sumo bem da vida.
– O estoicismo ensinava que a aceitação racional da própria sorte é dever do homem.
– Os cínicos reputavam a virtude suprema como se fora uma vida simples e sem convenções, rejeitando a busca pelo conforto, pelas riquezas e pelo prestígio social.
– Os céticos sucumbiam ante a dúvida e a conformidade para com costumes prevalescentes.

O Judaísmo

– A perda temporária do templo, durante o exílio, deu espaço a um crescente estudo e observância da Lei do AT (a Torá, indicava instrução, ensino e a revelação divina, aludindo ora aos dez mandamentos, ora ao Pentateuco, ora ao AT inteiro, e também à lei oral, ou seja, as interpretações tradicionais dos rabinos).
– Em face de Nabucodonosor haver destruído o primeiro templo (o de Salomão) e haver deportado da Palestina a maioria de seus habitantes, os judeus estabeleceram centros locais de adoração intitulados sinagogas, onde quer que pudessem ser encontrados dez judeus adultos do sexo masculino.
– O segundo templo (reconstruído sob a liderança de Zorobabel) continuou a ser importante até à sua destruição por Tito, em 70 d.C. As exortações dos profetas Ageu e Zacarias haviam impulsionado a reconstrução do templo durante o período de restauração do VT, depois do desterro. Saqueado e aviltado por Antíoco Epifânio, em 168 a.C., o templo fora reparado, purificado e reconsagrado por Judas Macabeu 3 anos mais tarde. Herodes o Grande iniciou grandioso programa de embelezamento, mas nem bem esse projeto se completou, muito depois de sua morte, e o templo foi novamente destruído.
– Intimamente relacionadas à adoração no templo havia as festividades religiosas e dias santos dos judeus: Sábado, Páscoa, Primícias (Pães Asmos), Pentecostes, Trombetas, Dia da Expiação, Tabernáculos, Dedicação e Purim.
– Escritos em hebraico, aramaico e grego, e datados dos períodos inter e neotestamentário, os livros apócrifos do AT contêm história, ficção e literatura de sabedoria. Os judeus, e, posteriormente, os primitivos cristãos, de modo geral não reputavam esses livros como Escritura Sagrada, razão por que o termo ‘apócrifos’, que originalmente significava “oculto, secreto, profundo”, terminou por significar “não-canônico”.
– Outros livros judaicos que datam da mesma era geral são intitulados ‘pseudepígrafos’ (“falsamente escritos”), porquanto alguns deles foram escritos sob a alegação de que seus autores foram figuras do AT desde há muito falecidas, a fim de assumirem foros de autoridade. Também contêm livros anônimos.
– Talmude – As decisões rabínicas sobre casos que envolviam questões de interpretação acerca da lei do AT formavam uma tradição oral memorizada, ao chegarem os tempos do NT. Essa tradição foi crescendo durante os séculos que se sucederam, até que foi preservada em forma escrita no Talmude judaico. Cronologicamente, o Talmude consiste da Mishnah, ou lei oral, desenvolvida por rabinos através do segundo século cristão, além da Gemarah, a qual contém comentários sobre a Mishnah, feitos por rabinos que viveram nos séculos III-V d.C.
– Os judeus aguardavam a vindo do Messias. Não esperavam que fosse um salvador sofredor, e nem um ser divino. Tinham a esperança que Deus viesse a usar uma figura humana para trazer livramento político militar da dominação romana.
– Os fariseus tiveram origem pouco depois da revolta dos Macabeus; faziam objeção à helenização da cultura judaica; a maior parte pertencia à classe média leiga; compunham a mais numerosa das seitas religiosas dos judeus. Observavam escrupulosamente, tanto as leis rabínicas quanto as mosaicas; a observância do sábado era similarmente escrupulosa. No entanto, maquinavam evasivas que lhes fossem convenientes. Jesus e os fariseus entraram em choque ante o artificialismo de tal legalismo. O judeu comum admirava os fariseus.
– Os aristocráticos saduceus eram os herdeiros dos hasmoneanos do período intertestamentário. Embora em menor número que os fariseus, detinham maior influência política, pois controlavam o sacerdócio. Seus contatos com dominadores estrangeiros tendiam a reduzir sua devoção religiosa, empurrando-os mais na direção da helenização. Diferentemente dos fariseus, eles davam importância somente ao Pentateuco, e desprezavam as leis orais dos rabinhos. Não acreditavam na preordenação divina, em anjos, em espíritos e nem na imortalidade da alma e na ressurreição do corpo, conforme criam os fariseus. Os saduceus detinham posições de abastança e riqueza.
– Os essênios formavam uma seita menor. Alguns viviam em comunidades monásticas, como aquela de Qumran, onde foram descobertos os Papiros do Mar Morto. A admissão requeria um período de prova de 2 a 3 anos, com abandono das propriedades privadas e das riquezas, doadas a um tesouro comum. Os elementos mais estritos se refreavam do casamento. Chegavam a ultrapassar aos fariseus em seu minucioso legalismo. Reputavam o templo poluído por um sacerdócio corrupto. Como símbolo de pureza pessoal, eles usavam vestes brancas.
– Os herodianos não eram uma seita religiosa, mas uma pequena minoria de judeus influentes que davam apoio à dinastia dos Herodes.
– Os zelotes eram revolucionários dedicados à derrubada do domínio romano. Recusavam-se a pagar taxas a Roma; foram iniciadores de diversas revoltas. Um dos doze discípulos fora um zelote (“Simão chamado Zelote”, Lc 6.15).
– Os escribas eram um grupo de profissionais. Doutor, escriba, mestre e rabino eram expressões aplicadas a eles. Tendo-se originado com Esdras, segundo certa tradição, os escribas interpretavam e ensinavam a lei do AT e baixavam decisões judiciais sobre os casos que lhes eram apresentados. Sua função era aplicar os preceitos da lei à vida diária.
– Os romanos permitiam aos judeus manusearem muitas de suas próprias questões religiosas e domésticas. O superior tribunal dos judeus era o grande Sinédrio, que chegava a comandar uma força policial. O sumo sacerdote presidia a setenta outros juízes provenientes dos partidos farisaico e saduceu.
– O “povo da terra” (as massas) permaneciam desvinculadas das seitas e dos partidos políticos. Por causa de sua ignorância acerca da lei do AT, os fariseus menosprezavam-nas.
– Fora da Palestina, os judeus da diáspora (dispersão) se dividiam em duas categorias: (1) os hebraístas, que retinham não só sua fé judaica, mas também seu idioma e seus costumes; incorriam no ódio dos gentios, por se manterem distantes; e (2) os helenistas, que haviam adotado o idioma, o estilo de vestes e os costumes gregos, ao mesmo tempo que se apegavam à fé judaica.

Resumo do Capítulo 3, do livro “Panorama do Novo Testamento”, de Robert H. Gundry.

 
Você tem sido abençoado pelas postagens deste blog? Se a sua resposta for sim, peço que considere a possibilidade de igualmente nos abençoar, adquirindo um exemplar do livro “Abraão: uma jornada de fé”.
Para ter mais informações sobre o livro, acesse
https://cristianismototal.wordpress.com/2016/09/02/abraao-uma-jornada-de-fe-adquira-ja-o-seu-exemplar/
Ou veja o vídeo de apresentação:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *