O Cânon do Novo Testamento
– Consiste dos livros aceitos pela Igreja primitiva como Escrituras divinamente inspiradas.
– O termo ‘cânon’ a princípio significava ‘vara de medir’, mas terminou adquirindo o sentido metafórico de ‘padrão’.
– As epístolas de Paulo e os evangelhos receberam reconhecimento canônico imediato (2 Pe 3.16).
– Uma autoria incerta levou outros livros, como Hebreus, a serem postos em dúvida por algum tempo.
– Citações extraídas dos livros do NT, e isso de maneira autoritativa, pelos primeiros pais da Igreja, ajudam-nos a reconhecer quais livros eles reputavam canônicos. Mais tarde, a Igreja compilou listas formais de livros, ou cânons.
– No século IV d.C., todos os nossos livros do NT já haviam sido reconhecidos de modo geral, ao passo que outros livros tinham sido rejeitados.
– Os concílios eclesiásticos dos séculos IV e V d.C meramente formalizaram a crença e a prática então existente, no que concerne ao cânon do NT.
– Somos levados a crer que Deus guiou providencialmente a Igreja primitiva em sua avaliação de vários livros, pelo que aqueles que realmente foram inspirados tornaram-se aceitos.
– O processo de seleção precisou de algum tempo; a Igreja primitiva não aceitou certos livros sem a devida avaliação, e, algumas vezes, sem debate.
– Diversos critérios de canonicidade têm sido sugeridos, como a consonância com a doutrina oral apostólica do primeiro século.
– O critério mais importante – de fato, crucial – era o da apostolicidade, isto é, autoria da parte de um apóstolo ou de um associado de algum dos apóstolos, e haver sido escrito numa data dentro do período apostólico.
As Fontes dos Evangelhos
– Problema sinóptico: por que os três primeiros evangelhos são tão parecidos entre si? (Sinóptico se deriva de dois vocábulos gregos que significam “visão conjunta”).
– A solução usualmente encontrada é a hipótese de que Mateus e Lucas teriam apoiado a maior parte de sua narrativa sobre o evangelho de Marcos. Mateus incorpora a quase totalidade do evangelho de Marcos, e Lucas cerca de metade. Tanto Mateus quanto Lucas, com frequência, repetem as exatas palavras de Marcos, e usualmente acompanham a sequência de eventos da vida de Jesus, conforme Marcos os alinha.
– Outros acreditam que os Sinópticos extraíram, não de Marcos, mas de uma mesma fonte, um documento independente chamado “Q” (abreviação da palavra alemã ‘Quelle’, que significa ‘fonte’).
– A prioridade do evangelho de Marcos desfruta de considerável favor. Acerca do documento Q é que se concentram as maiores incertezas. Talvez cumpra-nos pensar em um corpo de anotações frouxas (soltas) sobre a doutrina de Jesus, feitas por Mateus.
– Eruditos ortodoxos descobrem boas razões históricas e teológicas para aceitarem na íntegra os relatos dos evangelhos. Isso não dá a entender, contudo, que os evangelistas sempre citaram as declarações de Jesus palavra por palavra. As diferenças existentes entre os evangelhos dão a entender que houve frequentes paráfrases e rearranjos editoriais, um modo perfeitamente legítimo de transmitir os pensamentos de outrem. Os eruditos ortodoxos insistem que, aquilatados através do propósito pelo qual foram escritos – proclamar as boas novas concernentes a Jesus, o Cristo – os evangelhos merecem nossa total confiança.
Fonte: “Panorama do Novo Testamento”, de Robert H. Gundry.
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