Texto: Mateus 18.21-35

Introdução
– A falta de perdão pode provocar sentimentos de vingança, pode desencadear doenças emocionais e físicas como depressão, dores musculares e hipertensão; pode ainda causar reações alérgicas, enxaquecas, dores no corpo e chegar a tal nível que se transforma em um tumor.
– A falta de perdão está diretamente associado a problemas de ordem emocional.
– Não perdoar é como alguém que toma um copo de veneno esperando que faça mal para aquele com o qual ficou ofendido.
– Às vezes houve, de fato, uma ofensa contra nós. Outras vezes, não passa de ‘coisa da nossa cabeça’.

Transição
– Devemos entender e nos apropriar do perdão de Deus para conosco, e também aprender a perdoar àqueles que nos têm ofendido, entristecido ou nos magoado.
– O texto bíblico nos ensina algumas importantes lições sobre o perdão de Deus para conosco e sobre o perdão que devemos liberar para os nossos ofensores.

I.) O perdão àqueles que nos ofendem deve ser praticado sem limites – v. 21,22
– Não sete vezes, mas setenta vezes sete.
– O perdão não é uma questão de matemática, mas de conduta.
– A compaixão divina, que é para ser imitada, não tem limites.
– O perdão deve ser uma atitude constante, como o é com Deus.
– Temos perdoado os nossos ofensores quantas vezes nos têm sido necessárias?

II.) O perdão de Deus para conosco nos foi concedido em relação a uma dívida impagável– v. 23-26
– Deus é o “rei que resolveu ajustar contas”.
– Nós somos os servos com quem ele ajusta contas. Todos nós compareceremos perante o tribunal de Cristo (Rm 14.10; 2 Co 5.10).
– Dez mil talentos de prata, segundo o cálculo judaico, representariam muito mais de dez milhões de dólares.
– Jamais teríamos como pagar a dívida dos nossos pecados diante de Deus!

III.) O perdão de Deus para conosco foi fruto da compaixão e graça divinas – v. 27
– “compadecendo-se […] perdoou-lhe”.
– “Nosso Rei nos dá aqui uma maravilhosa visão da misericórdia e compaixão do coração divino. Somente a benignidade é capaz de solucionar o nosso problema, porque não temos com que pagar o nosso débito. Mesmo que tivéssemos muito dinheiro com que quiséssemos pagar nossos pecados, tal transação seria inaceitável, tendo em vista que a salvação” não pode ser comprada por dinheiro. “É somente na obra consumada de Cristo […] que Deus pode solucionar o nosso estado de falência e abolir nosso débito” (Herbert Lockyer).
– Você já se apropriou do perdão de Deus, em Cristo Jesus?

IV.) O perdão àqueles que nos ofendem é extremamente pequeno se comparado com o perdão que Deus, em Cristo, nos concedeu – v. 28 a
– Dez mil talentos x cem denários – atualizando: Dez milhões de dólares x doze dólares.
– O perdão que devemos liberar aos que nos ofendem é praticamente nada se comparado com o perdão que Deus nos perdoou!
– Ainda assim vamos continuar a reter o perdão sobre os nossos ofensores?

V.) O perdão àqueles que nos ofendem não deve deixar de acontecer pela nossa dureza de coração – v. 28 b
– O servo foi extremamente violento, agressivo, estúpido e malvado.
– Nosso coração tem estado duro para com aqueles que nos ofenderam? Temos sido violentos e agressivos para com tais pessoas?

VI.) O perdão àqueles que nos ofendem deve ser uma imitação do perdão compassivo de Deus para conosco – v. 29-33
– Notar que o conservo fez exatamente o mesmo pedido que o servo havia feito ao rei (v. 26,29).
– No entanto, as respostas foram diferentes: o rei perdoou o servo, e o servo não perdoou o conservo. Ou seja, o servo não imitou a atitude compassiva do rei!
– O rei repreende ao seu servo – v. 32,33
– Temos sido imitadores de Deus no que diz respeito ao perdão?

VII.) O perdão àqueles que nos ofendem, quando não ocorre, causa a tristeza e o clamor daqueles que são testemunhas da nossa dureza de coração – v. 31
– Os companheiros do servo duro de coração ficaram entristecidos.
– A NTLH traduz que os outros empregados “ficaram revoltados” com a atitude do servo duro de coração.
– A sua tristeza e revolta levaram-nos a relatar ao rei a injustiça. Quando não perdoamos aos que nos ofendem, os que estão à nossa volta e são testemunhas disso, podem levar o caso a Deus, clamando até com certa ‘revolta’, ou seja, com intensidade. Penso que não desejamos que ninguém fique clamando a Deus por justiça contra nós!

VIII.) O perdão àqueles que nos ofendem, quando não ocorre, pode causar a indignação de Deus – v. 34
– O rei ficou indignado; Na NVI diz que ele ficou irado!
– Jamais despertemos a ira de Deus em função da falta de perdão àqueles que nos ofendem!

IX.) O perdão àqueles que nos ofendem, quando não ocorre, abre ocasião para que sejamos entregues aos torturadores – v. 34, 35 a
– Verdugos (ARA), torturadores (NVI), atormentadores, algozes, carrascos.
– “Se […] permanecermos em dureza de coração com relação aos outros, o Senhor nos entregará aos verdugos. Ele nos deixará, para que recebamos as agulhadas da nossa consciência, ou os ataques de Satanás, até que sejamos levados a agir de acordo com a sua vontade” (H. Lockyer).

X.) O perdão àqueles que nos ofendem deve ser sincero, do íntimo, e do coração – v. 35 b
– Íntimo (ARA), de coração (NVI), sinceramente (NTLH); Lembrar das palavras de Jesus depois de ensinar a Oração do Pai Nosso (Mt 6.12,14,15).

Pr Ronaldo Guedes Beserra com o auxílio de Herbert Lockyer, em ‘Todas as Parábolas da Bíblia’.

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