Texto: Mateus 21.28-32

Introdução
– Contextualizar: Essa parábola foi proferida na semana da Paixão de Cristo, e foi uma espécie de resposta ao questionamento dos principais sacerdotes e anciãos do povo quanto à autoridade com a qual Jesus havia realizado a purificação do templo (ler e elucidar Mt 21.12,13,23-27).
– Essa parábola traz algumas lições práticas para nós. Vejamos:

I.) Que a nossa prática não seja diferente do nosso discurso – v. 28,29
– Esse primeiro filho simbolizava os fariseus, saduceus e escribas, representantes da religião dos judeus, mas que estavam tão longe de Deus quanto os pecadores.
– Professavam ser do Senhor, mas eram desobedientes e rebeldes.
– Deveriam ser exemplos de espiritualidade pelo conhecimento que tinham, mas não eram.
– Por fora eram corretos e justos; tinham aparência de santidade, sempre dizendo “Eu vou Senhor”, porém não obedeciam na prática.

– Esse primeiro filho disse uma coisa e fez outra; era contraditório; havia um conflito entre o que dizia e o que fazia, entre o que prometia e o que cumpria.
– Suas palavras aduladoras eram mentirosas; não havia arrependimento; era hipócrita.
– Ele não mudou de uma intenção boa para uma má intenção; Sua atitude já era premeditada. Não tinha nenhuma intenção de mudar.
– Ao dizer que ia trabalhar na vinha, já sabia de antemão que não iria. Só dizia de boca para fora!

– Que jamais imitemos esse primeiro filho, que jamais nos inspiremos nos religiosos dos tempos de Jesus!
– Que o nosso discurso acompanhe a nossa prática, e vice versa!

II.) Que nos arrependamos quando a nossa disposição inicial for de negligência – v. 30
– Esse segundo filho representava os cobradores de impostos, os pecadores e as prostitutas.
– Representa os que não professam e nem praticam a fé cristã.
– Diferentemente do primeiro filho, não temem a Deus e nem fingem; não são hipócritas, não são contraditórios; sabem que são pecadores e afirmam isso claramente.

– No entanto, ao ouvirem a pregação de João Batista, esses pecadores que eram rebeldes (“Não quero ir, não vou”) arrependeram-se, obedeceram e se tornaram filhos de Deus.
– Viviam em pecado e sabiam disso, assumiam isso; eram como o filho rebelde.
– Mas a mensagem sobre o pecado e sobre o arrependimento penetrou no coração deles; se arrependeram, mudaram de atitude e foram servir ao Senhor em Sua vinha.

– Que a nossa disposição inicial sempre seja a de obedecer, seguida da prática da obediência. No entanto, caso sejamos inicialmente negligentes, que nos arrependamos e mudemos a disposição do nosso coração!
– Se houver alguém que está sendo deliberadamente rebelde, que se arrependa, confesse os seus pecados, creia em Jesus como Senhor e Salvador e se disponha a trabalhar na vinha do Senhor!

III.) Que estejamos atentos ao caminho da justiça, não negligenciemos a fé, e nem o arrependimento – v. 31,32
– Ao responderem a pergunta de Jesus, os fariseus emitiram um veredito que recaiu sobre eles mesmos.
– Quanto à declaração de Jesus no v. 31: “Há mais esperança para os conscientemente ímpios, do que para os que se consideram santos” (H. Lockyer).
– No entanto, a expressão “vos precedem” significa que Jesus estava deixando a porta aberta para os fariseus também entrarem no Reino de Deus. Alguns entraram no Reino após os pecadores salvos: Saulo foi um deles.
– O v. 32 destaca que os fariseus não estiveram atentos ao caminho da justiça, negligenciaram a fé (enquanto os pecadores que eles desprezavam vieram a crer), e negligenciaram também o arrependimento. Que jamais imitemos os religiosos dos dias de Jesus! Que façamos exatamente o contrário!

Conclusão
– As repostas diferentes dos dois filhos apenas demonstravam diferentes pecados.
– O primeiro prometeu obediência, mas não tinha a intenção de cumprir a palavra.
– O segundo nem prometeu e nem tinha a intenção de obedecer.
– Até esse ponto, não há porque preferir um a outro.
– Tornam-se diferentes somente no derradeiro ato.
– Quanto a nós, que respondamos afirmativamente quando chamados a servir, e que de fato cumpramos a palavra enpenhada!

Pr Ronaldo Guedes Beserra,
Com o apoio dos escritos de Herbert Lockyer, em “Todas as Parábolas da Bíblia”.

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